Desde que eu estava grávida da Dandara, tinha duas certezas: amamentação e shantala. E tinha uma vontade: parto normal. Acredito hoje que eu não tinha a certeza do parto normal, por isso na hora P eu não enfrentei a médica, estando eu em pleno trabalho de parto. Passou, aprendi e busquei aquela certeza que me faltou sobre o parto normal, hoje pra mim o parto natural, que a força da natureza fará no próximo filho.
O início da amamentação foi bastante complicada. Pega errada, peito rachado e sangrando por 15 dias, uma dor que nunca tinha sentido antes, e nós ali, eu e Dandara, grudadas dia e noite. A certeza me fez insistir, deixar o maior amor do mundo fluir. Cada vez que Dandara dormia no meu peito, eu tinha um prazer tão grande em amamentar, uma conexão com minha filha que mesmo o papai que estava grudado na gente o tempo todo não era capaz de entender. Uma força que só quem amamenta exclusivamente e em livre demanda entende. E no momento que o peito rachado cicatrizou simplesmente porque Dandara mamava o tempo todo, depois de ter tentado várias técnicas e a pega correta, Dandara não mudava a posição de mamar. Eu deixei fluir pelo olhar do coração.
E então Dandara ainda nao tinha um mês e eu estava ansiosa por aumentar este vínculo nato entre nós duas. Eu sentia que já podia fazer a Shantala, mas ficava insegura de fazê-la antes de completar um mês de vida. Hoje sei que cada criança é uma, e a ligação entre mãe e filha dirá se está na hora de iniciar uma nova fase, seja ela qual for. Comecei a shantala no primeiro dia de um mês completo, e fiz algumas adaptações que senti necessidade e deu muito certo.
A mãe conectada entende o que seu filho quer antes dele chorar. Não quero dizer que a mãe que não entende o choro do seu filho não ama nem é boa mãe, nada disso. Quero dizer que deixar inundar-se pelo amor de mãe é possível para qualquer mulher, seja ela mãe biológica ou de coração. A ligação entre mãe e filho é natural. E no dia a dia, como qualquer relacionamento, precisa ser cultivado.
Hoje entro mais madura na preparação para uma nova gestação. Na primeira gravidez, li tanto tantas técnicas e nomes que acabei me confundindo e não me atendo ao que realmente importava, que eu sabia que eu queria mas estava no caminho errado, o parto natural.
O conhecimento técnico é importante, a gente respira os avanços tecnólogicos e praticidades mil da vida moderna. Técnica também é a posição que a mulher prefere na hora de parir, é olhar no olho da cria e saber que ela está feliz ao ser amamentada, é escutar o choro e lembrar que existem diferentes tipos e entonações de choro, e reconhecer isso simplesmente por amar, por permitir-se, por resgatar a essência da alma que está em cada um de nós.
Felizes dias para todas as mães!!
Um comentário:
Meus parabéns amiga pelo seu trabalho. Sou seu seguidor do seu blog e gostaria que vc tb fosse a minha seguidora do meu blog. Um abraço de Manoel Limoeiro de Recife-PE.
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