O engraçado do palhaço


Eu adoro palhaço, palhaçadas, bobeiras, rir, chorar de rir, sorrisinho tímido, sorriso sem sorrir, adoro estar alegre! E assim eu posso rir do que não gosto no mundo, nas pessoas.

Às vezes você faz uma coisa que você se orgulha, ou melhor dizendo, que sua estima fica lá no alto, mas é uma coisinha tímida, ninguém nem sabe, nem viu, nem comentou. Aí vem alguém e copia, todo mundo vê, comenta, acha o máximo.

Eu faço as coisas que tenho vontade, dentro do que acredito, procurando não magoar os que estão perto de mim. Eu sou autêntica, sou mesmo. Aliás, esta minha característica muitas vezes foi um problema, porque tanta coisa que eu poderia ter copiado e ninguém saberia. Cada um é cada um. Só que eu me indigno, sim, quando vejo injustiça ou alguém que se faz de justa e correta com o mundo, e no amanhecer da criatividade pega e copia o que eu criei. Me dá nos nervos!

Mas o palhaço é engraçado mesmo.

Simples assim

"Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia. Estas são as coisas que aprendi lá:
1. Compartilhe tudo.
2. Jogue dentro das regras.
3. Não bata nos outros.
4. Coloque as coisas de volta onde pegou.
5. Arrume a sua bagunça.
6. Não pegue as coisas dos outros.
7. Peça desculpas quando machucar alguém.
8. Lave as mãos antes de comer e reze antes de deitar.
9. Dê descarga.
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você.
11. Respeite o outro.
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco... e desenhe.. e pinte... e cante... e dance... e brinque... e trabalhe um pouco todos os dias.
13. Tire uma soneca às tardes.
14. Quando sair, cuidado com os carros.
15. Dê a mão e fique junto.
16. Repare nas maravilhas da vida.
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco e até mesmo a sementinha no copinho plástico, todos morrem... nós também."

Despertar

Os filhos nascem, mamam, a gente materna com a certeza de que está fazendo o melhor pra cria. Questiona, busca informação, repensa, se sente um ET no meio das informações e opiniões comuns. Escolhe um médico acreditando que é o melhor, mesmo sabendo que não é o caminho que gostaria de verdade. A gente se sente perdida. E então busca a turma certa, pessoas que entendem a nossa língua, que nos apoiam nas decisões. A gente não precisa provar nada pra ninguém. Mas chega um momento ápice, onde o terremoto é tão forte que abala tudo, dali você não passa. Pára tudo!
É muito bom encarar a verdade, escolher consciente e ter a certeza de que fez o melhor. Mas não é fácil.
Eu achava que Dandara nunca precisaria ser medicada com antibiótico, esse anti vida que corta a chance de se renovar, do corpo e mente sairem mais fortes. Passei quase um ano sem levar Dandara na médica que acreditava, na homeopata que caminhava com a gente. Eu vacilei sim. Achei mesmo que a Dandara com sua fortaleza do peito de 2 anos e 2 meses aguentaria o tranco de várias horas de escola, maior exposição às doenças, desmame e desfralde. Não foi bem assim...
Dandara tomou uma bomba que em meia hora fez com que ela se sentisse melhor, indo contra todos os meus princípios, que não foram respeitados por mim desde o momento que achei que ela estava protegida por si só. Não estou aqui me culpando, estou refletindo.
Ela já tinha dado sinais de que não estava bem. Muito arredia, agitada, nervosa, percebi que estava muitas horas na escola, mais do que ela gostaria, apesar de ser a adequada para minha etapa profissional. Desmamou naturalmente, começamos então o desfralde, que foi uma etapa demorada e culminou numa gripe muito forte e numa perturbação e incômodos com o ambiente, levando a uma sinusite. Febre de quase 40 graus, num limite para uma internação. No meu limite com toda essa bola de neve. Eu não consegui encarar não medicar.
Em algum momento eu me perdi, acreditei no que não existia. Maternar consciente é um conjunto de fatores, de posturas e atitudes da família, do pai, da mãe e dos espaços que participamos, e do filtro que você põe em você mesma do mundo comum. Nossa, como tem horas que a gente se sente tão tão cansada de lutar contra o mundo! Pára tudo de novo!
Não preciso lutar contra nada, preciso ser a mudança que quero ver, ponto.
Estou mais forte, certa do que não quero, e voltando pros meus princípios, minhas raízes ecológicas, meu renascimento. Repenso minha profissão, o meu papel como mãe e o meu tempo para a vida que quero e acredito. E levo minha filha e meu companheiro comigo, porque somos um, cada dia mais, contando com nós mesmos e com a grande teia da vida.

Remamar...???

E Dan pediu mamá.
E eu dei.
Gente, como eu estava com saudade...
De ver seus olhinhos nos meus, da mãozinha sempre tão pequenina no meu rosto, da certeza de que ela está sendo alimentada, imunizada e amada.
Neste último mês que Dan desmamou, ela ficou muito diferente. Impaciente, gritona, chorona, estranha, me dizendo alguma coisa.
Penso que muito tempo na escolinha e pouco tempo em casa pode ter causado isso. Porém agora eu tenho certeza de que o desmame, mesmo que natural, mesmo que partido dela, a modificou. E como ela, desde ontem quando pediu o mamá no auge da segunda gripe em dois meses, está mais calma, mais sorridente, mais feliz. E como amamentar é muito muito mais do que alimentar. É corpo, é nutrição, é alma, é puro amor, é imunidade, é uma ligação eterna, é saúde pra sempre!
E assim vamos tocando o tempo, conhecendo e reconhecendo os sinais da vida!
Eu te amo, Dandara linda flor do meu jardim!