38 semanas


Saio de um marasmo literário. Vou parir. É assim que me sinto.
Me parecia ilusório e irreal estar gestando pela segunda vez. Uma sensação estranha de curtir um sonho, uma coisa que parecia não estar vivendo mesmo, parecia estar bêbada, lá pras tantas da madrugada, eu e Edu num bar da esquina.
Sinto que vou parir, e junto desse mar, dessas ondas que chegam, penso que faço o que quero, e deixo meu corpo fazer o que quiser, na hora que quiser, e meu filho chegar do jeito que quiser, pós-moderno, tropicalista, ou sem rótulo, sem esquemas, sem hora nem lugar.
Desenhar riscos, curvas e sons coloridos, livres, generosos e sem ditaduras. Não poderia querer diferente do que sempre fui. Parir de qualquer jeito, no som da vida, sem regras ou padrões, aquariana e do ar, sem mastigações e regressões. "Grávida de chão, e vou parir sobre a cidade, quando a noite contrair, e quando o sol dilatar, DAR A LUZ". Me dar a luz.
Venha filho, na sua hora, com sua luz iluminar nossa casa, nosso chão. Te aguardamos com muito amor e paz.

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa tarde!
Gostaria de enviar sugestões, você pode me passar seu contato pelo meu email, luanajohns16@gmail.com

Anônimo disse...

Oi, Luana, meu email é renata@espacomamifera.com.br