Estava eu nas minhas buscas pela net sobre parto domiciliar e mergulhada nos relatos de parto, emocionada e imaginando como será o parto do meu próximo filhote, e acho um livro chamado "O camponês e a parteira", do Michel Odent.
Amanhã vou ouvi-lo de perto, numa palestra que a Re Bougleaux gravidíssima me convidou com muita doçura, e sinto como um grande privilégio ter uma pessoa ao meu lado que me possibilita tanta informação e o convívio com tantas pessoas afins. Obrigada, Re, por tudo!
E então eu tô aqui matutando o que a agricultura tem a ver com a forma de nascer. Gente, tem tudo a ver!! E de repente me bateu o estalo, aquele estalo de anos atrás, no segundo período de Agronomia na Rural, aquele caminho sem volta. O mesmo que me fez militar, acreditar e viver a justiça, o respeito e o amor pela vida e pela agricultura limpa, no seu mais profundo significado, o homem, o céu, a terra, o seu alimento do corpo e da alma, a autoestima, a Agroecologia.
Eu hoje me sinto como naquele dia, na volta do estágio de vivência em Santa Catarina. Pequenininha diante dos meus mestres que mostraram o caminho, companheiros do GAE.
Ana Sixx, Rê Bougleaux, Kely são as três que compartilham minhas angústias, alegrias e medos. Muitas outras mamíferas das listas, blogs e sites que nem sabem como iluminam meu caminho, mas estão ali, me mostrando o que já está entranhando na minha alma.
Essas meninas são tão fortes em suas maternagens que eu sinto como se já conhecesse a parteira da Cora, como se ela fosse uma grande amiga.
É idêntica a energia que sinto agora de quando encontro um companheiro agroecológico que nunca vi na vida, porque a gente se identifica nesta grande teia da vida.
Sinto como uma grande rede a agroecologia e o parto natural. Gente! estava ali na minha cara! Não tem mais volta, que lindo!
Com a mesma paixão e crença, viro a partir de hoje uma militante da alegria de nascer e viver! Da agricultura limpa e justa mais do que nunca, e do bem nascer agora e para sempre.
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