Despertar

Os filhos nascem, mamam, a gente materna com a certeza de que está fazendo o melhor pra cria. Questiona, busca informação, repensa, se sente um ET no meio das informações e opiniões comuns. Escolhe um médico acreditando que é o melhor, mesmo sabendo que não é o caminho que gostaria de verdade. A gente se sente perdida. E então busca a turma certa, pessoas que entendem a nossa língua, que nos apoiam nas decisões. A gente não precisa provar nada pra ninguém. Mas chega um momento ápice, onde o terremoto é tão forte que abala tudo, dali você não passa. Pára tudo!
É muito bom encarar a verdade, escolher consciente e ter a certeza de que fez o melhor. Mas não é fácil.
Eu achava que Dandara nunca precisaria ser medicada com antibiótico, esse anti vida que corta a chance de se renovar, do corpo e mente sairem mais fortes. Passei quase um ano sem levar Dandara na médica que acreditava, na homeopata que caminhava com a gente. Eu vacilei sim. Achei mesmo que a Dandara com sua fortaleza do peito de 2 anos e 2 meses aguentaria o tranco de várias horas de escola, maior exposição às doenças, desmame e desfralde. Não foi bem assim...
Dandara tomou uma bomba que em meia hora fez com que ela se sentisse melhor, indo contra todos os meus princípios, que não foram respeitados por mim desde o momento que achei que ela estava protegida por si só. Não estou aqui me culpando, estou refletindo.
Ela já tinha dado sinais de que não estava bem. Muito arredia, agitada, nervosa, percebi que estava muitas horas na escola, mais do que ela gostaria, apesar de ser a adequada para minha etapa profissional. Desmamou naturalmente, começamos então o desfralde, que foi uma etapa demorada e culminou numa gripe muito forte e numa perturbação e incômodos com o ambiente, levando a uma sinusite. Febre de quase 40 graus, num limite para uma internação. No meu limite com toda essa bola de neve. Eu não consegui encarar não medicar.
Em algum momento eu me perdi, acreditei no que não existia. Maternar consciente é um conjunto de fatores, de posturas e atitudes da família, do pai, da mãe e dos espaços que participamos, e do filtro que você põe em você mesma do mundo comum. Nossa, como tem horas que a gente se sente tão tão cansada de lutar contra o mundo! Pára tudo de novo!
Não preciso lutar contra nada, preciso ser a mudança que quero ver, ponto.
Estou mais forte, certa do que não quero, e voltando pros meus princípios, minhas raízes ecológicas, meu renascimento. Repenso minha profissão, o meu papel como mãe e o meu tempo para a vida que quero e acredito. E levo minha filha e meu companheiro comigo, porque somos um, cada dia mais, contando com nós mesmos e com a grande teia da vida.

Um comentário:

Ana Sixx disse...

Oi Rê,

Como está a Dan???
Foda esse lance de medicar.
A gente que é da mesma linha de pensamento fica entre a cruz e a caldeirinha né?

Tenho certeza que vc fez o melhor para sua filha, tomar antibióticos não é o ideal, mas as vezes numa situação crítica, te pergunto, o que nos resta????

Bora lá, domingo quero beijar muito essa boca heim??
haahahahahahhaahah
bjs, bjs pra vc e fique bem!!

Adooooooooooro seus textículos!!!!